O número de cursos profissionais aumentou na última década, quase 41% dos alunos optaram por este percurso no ano letivo de 2018/2019. As taxas de empregabilidade dos diplomados pelas vias do ensino profissional e pelo Ensino Secundário geral andam lado a lado, pelos 84,5%. Em alguns pontos, Portugal fica atrás da Europa.
Na última década, a oferta de cursos profissionais aumentou no nosso país. No ano letivo de 2018/2019, havia 6 317 cursos no Continente, distribuídos pelos 10.º, 11.º e 12.º anos. Os cursos artísticos especializados também cresceram, entre 2009 e 2019, mantendo-se estável nos três últimos anos. Em 2013/2014, o número de alunos matriculados nos cursos de dupla certificação aproximou-se do número dos que frequentavam os cursos científico-humanísticos, representando 44,7% do total dos jovens do Ensino Secundário. Em 2018/2019, essa percentagem desceu ligeiramente, para os 40,9%. Estes dados são divulgados no último relatório “Estado da Educação (2019)”, do Conselho Nacional de Educação (CNE), que dedica um capítulo ao ensino profissional.
Em 2018/2019, na oferta de dupla certificação, 115 981 jovens (68 094 do sexo masculino e 47 887 do sexo feminino) frequentavam cursos profissionais, 20 860 estavam em cursos de aprendizagem, e 6377 no conjunto dos cursos artísticos especializados, cursos de educação e formação e cursos com planos próprios. Os rapazes são em maior número. A proporção do sexo feminino tem variado entre os 39,8% e os 45,5%.
Em 2018/2019, a maioria dos estudantes (83,1%) que frequentava os cursos profissionais tinha idades entre os 15 e os 18 anos. A maior parte frequentava cursos profissionais nas áreas de serviços pessoais (35 580), de engenharias e técnicas afins (16 112) e de informática (16 039). Os cursos nas áreas de informação e jornalismo e de arquitetura e construção são os que têm menos procura. Ao todo, 59% dos alunos estavam no ensino público, 37% no privado independente do Estado, 4% no privado dependente do Estado.
Nesse ano letivo, 27 030 jovens concluíram o Ensino Secundário através dos cursos profissionais com uma média de idades de 18,8 anos – 43,1% eram raparigas. O maior número de conclusões ocorre no ensino público (15 368), seguido do ensino privado independente do Estado (10 685) e do privado dependente do Estado (977). A região Norte é a que apresenta o maior peso relativo em matéria de finalização de percursos bem-sucedidos.
A taxa de conclusão dos cursos profissionais tem vindo a aumentar desde 2013/2014. Em 2018/2019, o distrito da Guarda teve a maior percentagem de alunos que concluíram o ensino profissional em três anos com 76,8%, seguido de Viana do Castelo com 73,1%, Braga com 71,3%, Aveiro com 71% e Castelo Branco com 70,6%.
“A proporção dos alunos que são mais velhos face à idade considerada ideal para a frequência do Ensino Secundário tende a ser mais elevada no ensino profissional do que no ensino geral, tanto em Portugal como em numerosos países da OCDE”, adianta o CNE. Para a OCDE, acrescenta, “os sistemas vocacionais têm tendência a ser suficientemente flexíveis de modo a envolver alunos com algumas repetências, o que pode explicar a referida diferença etária”.
Sara R. Oliveira | 05|02|2021 | educare.te
O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *
Comentário *
Nome
Email
Site
Publicar comentário
Δ